Monday, September 10, 2007

Planeamento estratégico.



Estamos, na Madeira em ebulição, em termos de acontecimentos políticos. Oiço, e com frequência, que os jovens têm de se fazer ouvir. Também oiço que os jovens têm questões específicas da juventude e que devem ser discutidas de forma destacada das questões políticas.



Passamos, então, a ouvir os chavões da política "jovem": droga, desemprego e sida, agora designada por educação sexual.



Bem, nenhum destes problemas é exclusivo dos jovens. O desemprego afecta todas as camadas etárias, a droga e a sida são flagelos da nossa sociedade que desconhecem idades e a educação sexual é algo que deveria ser obrigatório para toda a sociedade.



Como se pode ver, nunca me reconheci nestas questões apontadas por pessoas que "falavam em meu nome". Sim, porque quando versam sobre estas questões, noemalmente falam em nome dos jovens!



Bem, então se não se fala sobre estas coisas. Sobre o que é que se deve falar?



Bem, na minha opinião e o que eu gostava que falassem era sobre o futuro. Gostaria que me começassem a dizer o que pretendem para daqui a 5, 10, 15 e 20 anos. Esta é que deveria ser a discussão política neste momento.

Gostaria de saber quais as opções de investimento existem e quais as vantagens e desvantagens de cada uma delas, para podermos tomar uma decisão consciente sobre elas.

Wednesday, May 16, 2007

Começo o meu post com uma questão?

Ganham os deputados o justo?

Se a resposta for negativa, como resolvê-lo?

Wednesday, May 09, 2007

"Uma mãezinha via a primeira parada do filho após a recruta.
Ao vê-lo passar exclama:
-Como o meu filho marcha bem, é o único que marcha certo."

As eleições Regionais da Madeira ocorridas recentemente vieram ditar um resultado esmagador para o PSD. Destas eleições ficou para a história o maior número de votos de sempre do PSD, traduzindo em mandatos um resultado semelhante aquilo que sempre foi tradição na Madeira.
Portanto, a transformação em círculo eleitoral único não trouxe o resultado esperado. Pretendia-se reduzir o peso do PSD na Assembleia da Madeira (AM) e dar valor à AM, como orgão com funções orientadoras para o Governo Regional, mas o tiro saiu pela culatra...
Se antes ida à Assembleia era uma confirmação da vontade do Governo, agora passou a Assembleia passa a ser um orgão consultivo esvaziado de todo e qualquer fim. POR QUATRO ANOS DEIXOU DE EXISTIR ASSEMBLEIA.

Como avaliar a situação?

Não é, de facto, fácil retirar conclusões disto tudo.
Contudo, a primeira conclusão a retirar é que a mensagem do PSD passou e passou bem. Os madeirenses interiorizaram que a recente alteração da Lei das Finanças Regionais foi um ataque à Madeira. Será que estas eleições fizeram diferença ao Governo da República? Dúvido. A haver diferença foi um saldo positivo a favorecer a popularidade do PS nacional, fruto da contenção nos dinheiros públicos. Continua sem se fazer passar a ideia do que deve ser a Lei das Finanças Regionais e desta campanha continua sem haver uma discussão de como deveriam ser as relações financeiras da Região com o Estado português: tudo como dantes...
A segunda conclusão é que a mensagem da oposição continua sem passar. Não é só o PS-Madeira que continua sem fazer passar a mensagem, é toda a oposição, sem excepção. Digo isto porque o partido no poder aumentou a votação e quando assim é...

Particularizando, o caso do PS é sintomático. Após uma subida contínua desde 1993, nas eleições autárquicas, até 2005, teve o seu pior resultado de sempre. Como avaliar isto? Bem, em primeiro lugar, o capital conquistado ao longo destes anos todos foi desperdiçado e aquilo que levou tanto a construir, levou tão pouco a destruir. Em segundo lugar, não existe defesa possível para este resultado: em outras situações bem mais complicadas para o PS foram conseguidos resultados bem mais expressivos que este.

Que fazer, então?

Está na altura do PS reflectir. Está na altura do PS se começar a afirmar como uma alternativa válida, com propostas que apelem aos madeirenses. O caminho seguido até agora não levou a bom porto as intenções. Deve o PS afirmar a sua posição como um condutor dos destinos da Madeirae fazer crer aos madeirenses que pode ser poder. O PS- Madeira sem sede de poder, de nada pode valer à Madeira.
Só resta um caminho para esta direcção do PS: a demissão.

Quanto ao CDS-PP/Madeira, a análise é análoga. Tinha a sua oportunidade de ouro para crescer e se afirmar como o terceiro partido da região: falhou. Falhou por causa da sua situação interna, falhou porque não soube fazer passar a mensagem. A sua opção terá de passar, inevitavelmente, por uma reflexão interna e com uma ida a votos da sua direcção.

A CDU também tem de mudar a sua postura. è necessário compreender que esta votação pode ser fruto dos condicionalismos. Mas, por outro lado, deve saber apelar a estes que votaram pela primeira vez CDU. Em suma, tem de mudar o discurso, torná-lo mais moderno, apelativo e consistente.

Os dois novos partidos com representação PND e MPT vêm demonstrar a falta de capacidade de reconhecimento dos partidos de que são oriundos: CDS-PP e PS. Estas listas vieram "roubar" eleitorado que era desses partidos e, por meras disputas partidárias, fragilizam o tecido político da oposição regional.

Uma grande lição sai destas eleições: os candidatos devem ser escolhidos com base no seu capital político.
A lição final foi a alteração introduzida em termos de timming. O PSD passa a estar pró-ciclico com o crescimento económico, vindo de uma situação que lhe era desfavorável. Teve um bónus: o melhor resultado de sempre!

Wednesday, April 04, 2007

Mais Ingenuidades

Recentemente, durante uma discussão, surgiu a questão da situação por que passa o Partido Socialista da Madeira.

Como é sabido, a sua situação regional é muito peculiar, atravessando momentos de desagragação.

Não tentaremos discesnir as causas desta realidade, mas sim avaliar as consequências da mesma.

Normalmente é apontado o caso do PS-Madeira como um caso ímpar na situação dos partidos, sendo este um caso atípico.

Bem, podem me chamar ingénuo, mas não é esta a minha opinião.

A questão que se coloca é a seguinte: estando o PSD-Madeira na oposição e o PS-Madeira no Governo, qual seria a situação interna do PSD-Madeira?

Bem, é fácil perceber que não seria muito diferente da que vive o PS-Madeira. A ausência de lugares de destaque, em que os militantes pudessem exercer o seu dever e direito cívico levaria uma disputa pelos lugares elegíveis, tornando o espaço político num campo de batalha social, com baixas em todas as frentes, com a sangria de quadros que se seguiria. Se estendessemos estes acontecimentos por trinta anos, bem, já conhecemos o resultado, não é.

Sem dúvida que esta análise política não é simples de realizar, dada a proximidade partidária que cada um pode sentir perante cada um dos partidos, mas esta é uma análise política e social e não uma análise partidária, entenda-se.

Também aqui a velha ingenuidade a sobressair, fazer uma análise política sem preferências partidárias, hein?